Estudos Antropol Gicos Da Cultura Latino
Por Nilton
César Santos Garcia
Eduardo Galeano registra com muita propriedade a conquista do Novo Mundo e põe em evidência os interesses dos conquistadores, como escreve Bernal Dias
Castilho que chegaram a América “para servir a Deus e a sua Majestade e também por haver riquezas”. (GALEANO, 2009, p. 29, grifo nosso). Fica evidente que eram os seus próprios interesses que sobrepunham sobre todos os demais, o nativo em nenhum momento foi incluído neste meio, de forma alguma houve uma preocupação do que viria a acontecer nos séculos vindouros e suas consequências, a ganância por riquezas e o descaso com os legítimos moradores da terra, e o que seria o destino dos nativos foram arquitetados pelos europeus antes de atravessarem o Atlântico. O esplendor que Colombo e seus liderados viram na América não foram suficientes para serem preservados, a intenção de amizade por parte dos além mar com os nativos era somente de fachada e interesse econômico a qualquer custo, o deslumbramento das maravilhas das novas terras não serviram de nada, a não ser para aumentar a fome de devastação e pilhagem do que estava no continente adentro, “como porcos que anseiam pelo o ouro”. (GALEANO, 2009, p. 29). Houve guerras, a insistência exacerbada dos conquistadores por riquezas não os faziam recuar, a carnificina não os incomodavam, “eram tantos índios que mataram, que se fez um rio de sangue”.
(GALEANO, 2009, p. 36). A história desenhou os seus tristes caminhos, Garcia
Marques é pura inspiração da realidade quando escreve “porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra”. (MARQUES, 1967, p. 308). O encontro do ibérico com o nativo foi uma oportunidade única de escrever uma história diferente de menos sofrimento, dor, selvageria, e teria causado menos males sobre a consciência da humanidade. O desamparo ibérico e a exploração de suas riquezas acometido sobre os nativos é o que restou,