Estudo
Os danos causados pelo lixo espacial são cada vez mais constantes, e a cada colisão no espaço, a quantidade de fragmentos aumenta. Sem falar nos transtornos e prejuízos materiais que causam.
O artefato espacial a humanidade que mais lançou á orbita terrestre nas últimas cinco décadas não foram os satélites artificiais, espaçonaves tripuladas ou sondas interplanetárias, mas sim o lixo espacial. Pois a cada lançamento de foguete que se faz, produz-se grande quantidade de detritos que acabam indo parar no espaço ao redor da Terra. Porque isso acontece? Tem a ver com as tecnologias empregadas nos veículos lançadores. Por exemplo, a imensa maioria dos foguetes capazes de colocar satélites em orbita possui vários estágios. Eles seriam como “andares” do veículo, que são descartados conforme seu combustível se esgota. Assim, o foguete precisa levar todo o peso durante a subida, descartando alguns pedaços assim que se tornam inúteis. Ocorre que, além do satélite ou outro artefato (o termo genérico usado é "carga útil") que vai na ponta do foguete, o último dos estágios também acaba entrando em órbita. E fica lá, às vezes por anos, outras por décadas, girando ao redor do nosso planeta. Isso sem falar em pequenos parafusos e lascas de tinta que se desprendem durante a separação dos estágios e tornam-se também pequeninos satélites.
No fim das contas, são mais de 9.000 objetos feitos pelo homem (coisas que vão desde satélites operacionais a ferramentas soltas no espaço por astronautas) que precisam ser monitorados constantemente. Se somarmos a eles os detritos como lascas e parafusos (com tamanho superior a um centímetro), o número passa a cerca de 110 mil.
Mas esses dispositivos - ou parte deles - não vão cair sobre nossas cabeças. Caso se desprendam da órbita, eles não causariam dano algum a quem vive na Terra, já que quando esses detritos entram na atmosfera, eles queimam e quase nunca sobra algum pedaço para contar a história. Um objeto grande demais