ESTUDO TRANSVERSAL
2002; 79: 117-22.
e cols
ArtigoFreitas
Original
Estudo transversal sobre o controle da PA
Estudo Transversal sobre o Controle da Pressão Arterial no
Serviço de Nefrologia da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
João Batista de Freitas, Agostinho Tavares, Osvaldo Kohlmann Jr, Maria Tereza Zanella,
Artur Beltrame Ribeiro
São Paulo, SP
Objetivo - Observar as taxas de controle da hipertensão arterial em serviço especializado universitário e a influência do sexo, diabetes, obesidade e estratégias de seu tratamento. Métodos - Estudo transversal, de 1.210 pacientes em acompanhamento médico, no mínimo por seis meses, com dados coletados de prontuários médicos e de enfermagem, de sexo, idade, peso, altura, circunferências abdominal e do quadril, pressão arterial, classe e quantidade de anti-hipertensivos prescritos. Para a obesidade, usou-se o índice de massa corpórea e a relação cintura/quadril. Considerou-se a pressão arterial controlada quando os níveis pressóricos estivessem abaixo de 140/90mmHg.
Resultados - Estudaram-se 73% de mulheres e 27% de homens. A faixa etária de maior concentração (31,7%) para as mulheres estava entre 50 e 59 anos, e para os homens (28,3%) entre 60 e 69anos. A taxa de controle pressórico encontrada foi de 20,9% entre os 1.210 pacientes e de 23,4% entre os hipertensos diabéticos (n=290). Apesar das baixas taxas de controle, 70% dos pacientes usavam um a dois anti-hipertensivos. Houve uma alta prevalência de obesos (38%) e as mulheres apresentaram maior índice de obesidade abdominal do que os homens (90% vs 82%, p<0,05). Entre eles, os de maior índice de massa corpórea tiveram controle menor da pressão arterial.
Conclusão - O percentual de hipertensos com níveis pressóricos controlados foi baixo e está associado à alta prevalência de obesidade. Os dados apontam para a necessidade de uma revisão das estratégias de tratamento global para o hipertenso.
Palavras-chave:
hipertensão arterial, controle da pressão
arterial,