Estudo sobre a sesta
São mais os alentejanos que mantêm o hábito, mas os inúmeros estudos sobre a sesta dão-nos mais razões para o fazermos todos. Que a sesta tem efeitos benéficos para a saúde já todos sabíamos. Se o tornarmos um hábito podemos melhorar o sistema cardiovascular e reduzir em 37% a mortalidade por ataque cardíaco.
Aquilo que não se sabia era que a sesta ajuda a melhorar a memória, na medida em que ajuda a fixar na memória definitiva aquilo que se acabou de aprender.
A descoberta é de um grupo de investigadores da Universidade de Lubeck, na Alemanha e foi agora publicada na revista “Nature Neuroscience”.
Para chegarem a esta conclusão, os especialistas debruçaram-se em estudos anteriores que afirmavam que era necessário reactivar os conteúdos pouco depois de estes terem sido apreendidos, para tornar possível a passagem para a memória permanente.
Com base nestes pressupostos, decidiram verificar o que se passava se este processo incluísse um período de sesta.
Reuniram um grupo de 24 voluntários e pediram-lhes que memorizassem 15 pares de caras com desenhos de animais ou objectos. O grupo foi divido em dois e, 40 minutos depois, foi pedido ao primeiro para memorizar outra série de cartas diferentes e ao segundo que dormisse uma sesta antes de memorizar a segunda série de cartas.
Feita a experiência, chegou-se à conclusão que o grupo da sesta lembrava-se de 85% das cartas, em oposição aos 60% dos restantes.
Os resultados mostraram que a passagem dos dados da memória recente para a definitiva, ou do hipocampo para o neocórtex foi feita logo nos primeiros minutos de sesta, sendo que a informação das primeiras cartas estava já segura e não podia ficar afectada pela entrada de