A primeira vez que a questão patrimonial foi abordada com a ideia de preservação no sentido de salvar e guardar a identidade nacional, considerando o patrimônio edificado foi na França, em uma época em que a restauração se firmava como ciência, principalmente por causa dos eventos econômicos, políticos e sociais que vinham ocorrendo por toda Europa influenciados pelo Iluminismo, pela Revolução Industrial e Revolução Francesa. A ruptura com o passado que esses movimentos geraram, propiciaram o estabelecimento de uma identidade nacional e, conseqüentemente, o surgimento do sentimento de proteção aos edifícios e ambientes históricos. Na época do Renascimento havia grande interesse pela cultura grega, clássica e os artistas deste período inspiram-se na Antigüidade grega. Era comum que edifícios que não prestassem mais para uso do momento fossem desmantelados para reutilização de algumas partes, ou alterados para que melhor correspondessem aos padrões estéticos e necessidades vigentes. Contudo, havia também dentro deste contexto exemplos de obras nas quais os acréscimos eram removidos para que retornassem à sua feição mais antiga, ou mesmos complementos que mantinham o aspecto original da edificação. Contradições de um tempo que já mostrava preocupação com a conservação de monumentos que eram considerados significativos. O século XVIII foi caracterizado pelo renovado interesse pela cultura clássica (movimento denominado de Iluminismo) que, através da difusão de livros e estampas, proporcionou maior conhecimento aos artistas e estudiosos da época. Tudo isso contribuiu para a crescente preocupação com a manutenção do patrimônio artístico e arquitetônico. A revolução francesa ocasionou uma grande onda de vandalismo nos monumentos históricos. Ao mesmo tempo em que o eclético estava em alta, onde todos os estilos arquitetônicos são utilizados. Foi quando, Viollet-le-Duc(1814 – 1879), um dos primeiros estudiosos que, ao pensar no conceito moderno de restauração,