Estudo palinológico do grupo araras – mirassol d’oeste – mt
Thais Cardoso Tobias (PIBIC/CNPq)
Silane Aparecida da Silva Ferreira Caminha (Orientadora) – Departamento de Geologia Geral – CET – UFMT
Email: silane@ufmt.br
Jacson Douglas Silva da Paz – Departamento de Recursos Minerais – CET – UFMT
PETROBRAS – CENPES
Pouco se sabe a respeito de um importante período geológico, o Neoproterozóico, apesar da intensa produção científica realizada atualmente no Estado de Mato Grosso. Sabe-se que neste período houve grandes glaciações e importantes mudanças no cenário biológico evolutivo. O Grupo Araras, pertencente à Faixa Paraguai, a sudeste do Cráton Amazônico, é composto por rochas sedimentares depositadas sobre uma margem passiva durante o Neoproterozóico, sendo um importante registro deste período. Sua litologia é composta basicamente por calcários calcíticos e dolomíticos, sendo intercalados por sedimentos siliciclásticos em algumas regiões e com estromatólitos em outras. Alguns autores defendem uma correlação entre o Grupo Araras e o Grupo Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde encontraram exemplares da Fauna Ediacara. Os poucos trabalhos realizados no Grupo Araras também resultaram na presença de espécimes da fauna ediacarana, porém nada que acrescentasse algo expressivo ao conhecimento atual. Os estudos palinológicos, associados a outras informações geológicas, pode contribuir na reconstrução do paleoambiente deposicional. Para isso, é necessário catalogar e estudar os espécimes encontrados, para então delimitar uma palinofácies para o Grupo Araras na região onde foram coletadas as amostras, o que talvez permita sua correlação com outras regiões do globo terrestre. Sendo assim, além do levantamento bibliográfico, foram produzidas 43 lâminas palinológicas, a partir de amostras retiradas de um furo de sondagem de Marzagão – MT. As lâminas foram preparadas no CENPES – PETROBRAS, durante estágio não remunerado, e posteriormente analisadas em microscópio