Estudo econométrico sobre o índice de violência
A discussão em torno dos indicadores de violência no Brasil, sobretudo de homicídios, é constante na mídia, sobretudo, com a constatação da preocupante elevação da taxa de homicídios por cem mil habitantes (hpcmh) a partir da década de 1980. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sua Classificação Internacional de Doenças (CID), caso se queira encontrar uma estimação em uma sociedade para apreciar como controlável os casos de homicídios, este indicador deve ser de 10 homicídios por cem mil habitantes.
Qualquer localidade que tiver um índice superior a 10 hpcmh será considerada como caso de epidemiologia (Júnior, 2010). Como comparativo, no Relatório de
Desenvolvimento Humano (2007/2008) do PNUD, o Brasil apresenta um índice de 27 hpcmh, enquanto, na América Latina, a Argentina possui 9,5, no Chile
1,7 e o México 13 hpcmh, o que contribui para o Brasil ser o último colocado no ranking dos países com Desenvolvimento Humano Elevado (70º colocação)
(PNUD, 2007).
Assim, este estudo procurará analisar a dinâmica da criminalidade e definir quais são os fatores que se associam com o número de homicídios no Brasil. O modelo a ser utilizado fará testes de variáveis socioeconômicas consideradas proxy para pobreza e desigualdade de renda (Índice de Desenvolvimento
Humano e o coeficiente de Gini) em relação aos homicídios, assim como variáveis que analisam o gasto público em áreas sociais (gastos com segurança) e além de alguns determinantes sociais (população e renda bruta) para avaliar os impactos dessas variáveis na direção do número de homicídios para as capitais brasileiras e algumas cidades do país com mais de 300 mil habitantes e que apresentaram elevados índices de homicídios no ano de
2010. E dessa forma, o trabalho tentará sugestionar as relações dos gastos públicos em
políticas
de
contenção
da
violência
com
as
variáveis
socioeconômicas estudadas, a fim de definir as suas influências sobre