Estudo Dirigido Émile Durkheim
- fatos sociais;
- os dois tipos de consciência;
- os tipos de solidariedade.
Inspirado pelo positivismo e na assimilação das ideias que vinham sendo formadas por Saint-Simon e Comte, entre outras referências filosóficas racionalistas de Kant, do darwinismo, do organicismo alemão e do socialismo de cátedra, Émile Durkheim vê na ciência social uma expressão da consciência racional das sociedades modernas, tendo um pensamento sociológico de que todo comportamento é instituído pela coletividade e procura explicar a vida e os problemas sociais por meio do seu principal conceito, dos fatos sociais. Durkheim passa a analisar a sociedade de forma objetiva, onde o fato é olhado como se fosse um objeto, fazendo uma descrição de seu funcionamento de forma imparcial, neutra e buscando afastar-se do senso comum.
Durkheim não define os fatos sociais, entretanto, dá suas características para que se possa eduzir a definição. Para Durkheim, o fato social é coercitivo, geral e externo aos indivíduos. É coercitivo, pois consiste em impor na maneira ao qual o indivíduo age, pensa e sente, de caráter fixo ou não. Nesse fato social, indivíduo passa a ser suscetível às influências de coerções exteriores e, caso o ele seja contrário a essas coerções, será sancionado socialmente, dessa forma, na maior parte das vezes, o indivíduo é impulsionado a seguir a coerção imposta. Então, o fato social apresenta uma existência própria e, de forma geral, alcança a todos os indivíduos, independentemente das ações individuais que possam ter. Esse fato social é externo aos indivíduos de dada sociedade, pois exerce sobre seu modo de pensar uma certa autoridade que os impulsionam a pensar, a sentir e a agir de determinadas maneiras. Assim, em razão disso, os fenômenos que integram a sociedade têm seu princípio na coletividade e não em cada um dos seus participantes que a