Estudo dirigido - métodos de pesquisa em psicologia
1) Identifique as razões do relativo desinteresse pela metodologia experimental entre os psicólogos brasileiros.
Esta situação, ou pelo menos parte dela, pode ser atribuída ao desconhecimento do papel da experimentação na pesquisa em psicologia ou mesmo a uma certa falta de compreensão dos princípios que regem a metodologia experimental. Estas dificuldades parecem se originar em um terreno comum: a falta de clareza a respeito dos fundamentos ontológicos e epistemológicos da psicologia social.
2) Diferencie a pesquisa experimental da não experimental.
Pesquisa experimental envolve a manipulação de determinados aspectos do mundo real com o intuito de identificar as relações não-contingenciais entre duas ou mais variáveis, o compromisso fundamental assumido no presente caso é com o controle da variância de erro, que se obtém, particularmente, com a adoção de estratégias de aleatorização e mediante a identificação da probabilidade com que os resultados possam ser explicados por outros fatores que não aqueles para os quais o experimentador inclina o seu interesse.
Pesquisa não experimental estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado fenômeno sem manipulá-las.
3) Apresente os argumentos relativistas contra a pesquisa experimental e os contra-argumentos dos experimentalistas.
Estes argumentos relativistas contra a experimentação na psicologia social podem ser assim enunciados:
a) dado que o experimento é o paradigma fundamental para a obtenção da objetividade nas disciplinas científicas, a crítica ao experimento representa uma crítica a toda e qualquer pretensão de se aceder a uma psicologia social objetiva;
b) uma vez que todo e qualquer conhecimento é determinado pelo local e pelo tempo, é impossível postular qualquer lei psicológica universal;
c) como existe sempre uma teoria prévia que precede aos dados, qualquer forma de observação neutra está fora de possibilidade; e