Estudo de manutenção de embarcações
Quem quer que olhe o “mapa-múndi” com atenção observará a quantidade de água que circunda e liga os continentes, sugerindo o deslocamento de pessoas e de cargas de um ponto a outro. Mas observará ainda que, cortando os continentes, há uma densa malha de rios e lagos que convidam à navegação.
Olhando, porém, o mapa do Brasil, descortina-se outro conjunto de caminhos navegáveis, seja representados pela costa, em seus 8.500 km de extensão, seja pela rede de cursos d’água ligando os seus vários territórios entre si e com os seus vizinhos continentais. São 30.000 km de vias naturalmente navegáveis, podendo chegar a 60.000 km se incluídas as águas flúvio-lacustres, segundo nos ensina José Ademir Menezes Allama, em seu artigo “A Terceira Onda da Hidrovia Brasileira”, acrescentando que o País aproveita – e muito mal – apenas 13.000 km desse total.
Na história mundial registra-se a prática da navegação desde alguns milênios atrás, em busca de melhores terras e melhor qualidade de vida ou de ampliação de domínios, percorrendo rios e lagos, navegando ao longo da costa ou atravessando os mares. Os egípcios dedicaram-se à navegação fluvial, transportando cargas e pessoas através do rio Nilo, unificando o País e desenvolvendo o comércio e a indústria. E, numa visão de uso múltiplo das águas, aprenderam a dominar as enchentes em favor da agricultura.
A partir do domínio da navegação, egípcios, gregos e fenícios tornaram-se potências marítimas do mundo, inclusive através das guerras.
Ao longo da história do mundo há muitas referencias a guerras que foram vencidas em batalhas navais, como a Waterloo, em que Napoleão conheceu a derrota e, aqui entre nós, a do Riachuelo, em que o Brasil venceu o Paraguai. Mas constituirá uma exposição paralela a referência a tantas e tantas guerras que se desenvolveram sobre as águas dos oceanos e dos rios.
Mencionando o Brasil, não foi por mero acaso que aqui chegaram os portugueses, singrando os mares. E aqui encontraram nativos