A modernidade cultural e a tradição misturam-se de forma peculiar e dinâmica. Essa mistura entre o tradicional e o moderno encaminha a tradicionalização do mesmo. A Modernidade com respeito aos valores da tradição cultural torna-se um restrição/tabu para alguns, daí a a parada para pensar, que a cultura está em processo de transformação na sociedade moderna e tem levado aos contrários a ela, fazer afirmações errôneas como: "o Brasil não ingressou na modernidade" ou ainda; "o Brasil não tem tradição". Para a década de 70, quando a obra foi produzida, tais afirmações teriam algum sentido. O Brasil era um país classificado pelos países ricos como subdesenvolvido. Cheio de dívidas, doença das sociedades falidas, povo desnutrido, falta de acesso a educação, ensino superior para alguns, uma pequena elite no poder do mercado de trabalho e fazendo a sua própria ideia de cultural, a base de seu suposto tradicionalismo. Para Ortiz "O passado clássico nós não possuíamos. No Brasil como vimos, existiu uma correspondência histórica entre o desenvolvimento de uma cultura de mercado incipiente e a autonomização de uma esfera de cultura universal. Dois acontecimentos simbolizam bem essa coincidência: a fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e o surgimento da televisão". Para a época em suposto desenvolvimento era difícil "pensar o processo cultural numa sociedade ‘que se transformou, mas que cultiva ainda a lembrança de uma modernização como projeto de construção nacional’" era totalmente ilusório. Compreender a cultura da Sociedade Brasileira diante desta modernidade é o objetivo desta obra. Para visualizar melhor a dimensão das mudanças estruturais: "Ela evita, ainda, uma missão exclusivamente conjuntural (por exemplo, das análises políticas e econômicas que frequentemente encontramos nos jornais que vê a sociedade brasileira como que constantemente em crise, esquecendo que o processo de implantação do capitalismo na periferia possui uma concretude e uma história." Cuja