Estudo de caso
O Brasil vem ocupando posição de destaque na produção e exportação de grãos do no cenário do agronegócio mundial. A produção de soja, no Brasil, ganhou nos últimos 20 anos, espaço no centro das decisões econômicas, não só pela excepcional opção de cultivo, como também pela importância atribuída a esta mercadoria na pauta de exportações.
A produção agropecuária possui particularidades que a diferenciam dos demais setores econômicos. Tais particularidades estão ligadas a riscos diversos como: clima, perecibilidade dos produtos, doenças e pragas, ciclos de culturas e preço de comercialização, dentre outros. Em resumo, a atividade implica em riscos de produção e de preço.
Visando a proteger os agro-empresários do fator de risco preço, vêm sendo utilizados alguns mecanismos de proteção de preços, negociados no Brasil através da Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&FBOVESPA –tais como os Contratos Futuros e os Contratos de Opções.
Nos contratos futuros, as partes envolvidas (comprador e vendedor) negociam o preço de um determinado ativo para uma data futura. O agricultor, que neste caso figura como vendedor fica protegido de possíveis quedas no preço do seu produto e o comprador se protege de possíveis altas. A variação de preços para mais ou para menos serão cobradas do vendedor em favor do comprador, ou do comprador em favor do vendedor, respectivamente, diariamente, de acordo com as oscilações das cotações diárias.
Outro mecanismo para proteção de variações de preços de commodities são as opções. Nos contratos de opções, o detentor de uma opção tem o direito de comprar ou vender determinado ativo, em certa data futura, a um preço pré-acordado, através do pagamento de um prêmio. Na prática, funciona como um seguro patrimonial, em que o segurado paga o valor do prêmio para ter o seguro contratado e manter seu patrimônio (bem segurado) protegido em caso de danos ao mesmo. Esse direito somente é exercido caso as circunstâncias sejam favoráveis. No caso da