Estudo de caso
A discente Leidiane Fernandes Gomes tem 10 anos e frequenta o 5º Ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Domingas Francelina Neves. Apresenta Deficiência Múltipla na qual se destaca ritmo mais lento na linguagem e no desenvolvimento das suas estruturas intelectuais. Mora com a mãe e mais dois irmãos. Conforme relatos da sua mãe, foi dito que no início da gestação houve muitos momentos de raiva dela com o ex-marido e que na família tem casos parecidos com o da filha. Sempre frequentou a escola desde seus primeiros anos de vida e as professoras solicitavam que a mãe a levasse ao médico porque percebia a dificuldade que a discente mostrava na sala com relação ao comportamento disperso, e as vezes agressivo, e a dificuldade de assimilação dos conteúdos. No inicio a mãe não queria aceitar mas com o passar do tempo decidiu levá-la e constatou sua especialidade. A partir daí passou a tomar remédio (Uni Carbanaz) para combater a agressividade e durante pouco tempo frequentou o fonoaudiólogo e o apoio pedagógico especializado na escola estadual.
Apesar da dificuldade de comunicar-se, ela pronuncia algumas palavras com pouca compreensão, porque na maioria das vezes não se consegue entender o que fala, e isso, deixa-a muito angustiada tanto em casa como no ambiente escolar. Frenquenta duas vezes por semana a Sala de Recursos Multifuncional e quando está na sala de aula regular, a discente não consegue se concentrar e fica aborrecida quando a professora tenta chamar sua atenção, então sai correndo da sala de aula, não retornando.
Nota-se que a discente gosta muito da escola, mas pouco da sala de aula regular, ficando diariamente de 30 a 40 minutos após realizar uma atividade diária e no resto do horário anda pela escola. Apesar de não participar de todas as atividades na sala regular, a aluna interage com todos os espaços da escola, mesmo com os coordenadores, preocupando-se de colocá-la na sala. Observa-se que já está habituada a não ficar em