Estudo de caso
Houve violação de direitos desde o acolhimento na USF até a realização do procedimento na emergência. Ainda na USF a Enfermeira ou a Assistente Social deveriam ter ouvido a usuária/paciente e emitido um relatório de contra referência, constando o problema e o encaminhamento ao setor necessário e, avisando seus familiares conforme solicitado pela mesma, a todo o momento, acompanhando o caso até sua finalização.
A usuária/paciente deveria ter sido encaminhada para uma sala individualizada, e ser entrevistada por uma Enfermeira ou Assistente Social, ou outro membro da equipe multidisciplinar, esclarecendo suas dúvidas e explicando o procedimento de curetagem, e não ser abordada pela recepcionista de forma constrangedora configurando assim total violação de direitos.
Ao preencher a ficha de internamento com inúmeras perguntas sobre o método utilizado no abortamento, o funcionário, não se preocupou com as queixas de dores e desespero, sendo-a ignorada por todos.
Nesse sentindo, averiguou-se que o cuidado humanizado, ainda elementar, pouco qualificado em termos de atenção psicossocial, porque os profissionais de saúde não valorizam, como parte do ambiente terapêutico, as inseguranças, as dúvidas, as carências, as perspectivas e, principalmente, as relações sociais dos seus pacientes.
O Correto seria avisar a família deveria ser informada do problema, contribuindo assim para que a paciente/usuária se tranquilizasse. É possível perceber que a equipe é pouco humanizada. Nota-se falta de profissionalismo e até mesmo de ética por parte de alguns funcionários ao passo que fazem comentários que visam humilhar a usuária/paciente, pouco se importando com a dor alheia. Outra falha encontrada é quanto à automedicação, quem prescreveu o analgésico?
Após o procedimento ela deveria ter sido orientada a retornar para avaliação no ambulatório de ginecologia, deveria também ter sido orientada a comparecer a USF para participar do planejamento familiar