Estudo de Caso
O E S T IL O AD M IN IS T R AT I V O D E A L FR E D S L O A N
Poucas vezes um dirigente de uma empresa americana foi tão respeitado e reverenciado quanto Alfred P. Sloan Jr. Durante seus longos anos (de
1920 a 1955) na posição de cúpula da General Motors. Inúmeros administradores da GM, especialmente aqueles que amadureceram nos anos vinte e trinta, sentiam uma profunda gratidão pessoal por seus discretos, mas decisivos gestos de bondade, auxílio, conselhos ou simplesmente calos e simpatia quando enfrentavam dificuldades. Mas, ao mesmo tempo, Sloan mantinha-se distante de todo o pessoal administrativo da companhia. Nunca chamou ninguém pelo primeiro nome, e só era chamado de Sr. Sloan até mesmo pelos mais graduados funcionários. Isso talvez fosse reflexo da sua geração e da sua educação
(ele nasceu na década de 1870 e já era um alto executivo, dono de sue próprio negócio, antes do início do século), mas o fato dele se dirigir da mesma forma aos ascensorista negros do edifício da GM em Detroit ou Nova York era, evidentemente, uma qualidade sua estritamente pessoal. Qualquer funcionário, de qualquer posição, era sempre Sr. Smith ou
Sr. Jones para ele. Se encontrasse um novo ascensorista, ele se apresentava:
- Eu sou o Sr. Sloan. Quem é o Senhor?
E se a pessoa respondesse:
- Eu sou o Jack, Sr. Sloan.
Sloan empalidecia de raiva e dizia:
- Eu perguntei o nome do Senhor.
E dali para frente nunca mais o esqueceria. Sloan também não aprovava um tratamento mais íntimo mesmo entre seus administradores de cúpula. É sabido, por exemplo, que ele achava insensato que o Sr. Wilson (durante muitos anos diretor-geral da GM, e posteriormente sucesso de Sloan como diretor-presidente) tratasse a maioria dos vice-presidentes da companhia pelo primeiro nome.
Acima de tudo, Sloan não tinha amigos dentro da General
Motors. Ele foi sempre um homem afável e gregário até sua surdez impossibilitar seu contato fácil com as