Estudo de caso Vale
O texto mostra de maneira superficial, o cenário que a Vale se encontrava no ínicio de 2008 e ilustra o momento de decisão de aquisição da Xstrata. Comparando o artigo com os outros dois artigos tratados durante o curso, identificamos uma abordagem bastante simplificada do caso, com base em informações públicas, divulgadas por ambas companhias e que não conseguem levar o leitor a um entendimento mais aprofundado do cenário econômico e político, tanto mundial quanto das empresas envolvidas. Isso pode levar aquele que lê o artigo a conclusões precipitadas, tiradas especialmente pela falta de informações do texto.
A Vale começou em 1942, sendo criada pelo governo Brasileiro no esforço da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de abastecer as siderúrgicas brasileiras, em especial a CSN. Entretanto, em apenas 7 anos de existência, a Vale, então chamada de Companhia Vale do Rio Doce, já dominava 80% das exportações brasileiras de ferro. Em 1966, era inaugurado o porto de Tubarão, no estado de Espírito Santo, até hoje um dos maiores portões de escoamento da produção da mineradora no país.
Em 1982, a Vale decide aumentar a diversificação de seus produtos, inclusive entrando no mercado de logística. Entretanto, foi em 1985 quando a mineradora começou a explorar as minas do complexo do Carajás, que sua posição mundial como um das maiores mineradoras foi consolidada.
Finalmente, em 1997, a empresa foi desestatizada, passando para o controle privado. Neste momento a estratégia da Vale foi de foca suas atividades no setor de mineração e atividades de apoio, como logística e energia. Foi também neste período que a empresa começou a avaliar operações de M&A.
Em relação a Xstrata, foi constituída em 1926, como foco em energia e infraestrutura. Com uma política de aquisições, tem se firmado como uma das líderes mundiais em recursos. Em 2002 teve seu capital aberto na bolsa de Londres e continuou com suas operações de aquisição, tornando-se líder na