Estudo de caso trauma por arma de fogo
RELATÓRIO DO PACIENTE (HGE)
TRAUMA POR ARMA DE FOGO
ENFERMAGEM
RELATÓRIO (HGE)
JOANE NASCIMENTO PIRES
TRAUMA POR ARMA DE FOGO
INTRODUÇÃO
TRAUMA POR ARMA DE FOGO
Trauma penetrante
Os agentes penetrantes propiciam lesões de forma direta, em função de sua trajetória e das estruturas que atravessam. A trajetória é limitada aos órgãos anatomicamente adjacentes à lesão nos ferimentos por arma branca, enquanto que os ferimentos por projéteis de arma de fogo podem apresentar trajetórias diversas, além de provocarem lesões teciduais pela força de cavitação. Os ferimentos por arma de fogo causam mais danos intra-abdominais devido à extensão da sua trajetória e a maior energia cinética dissipada, tendo como principais sedes de lesão, o intestino delgado (50%), cólon (40%), fígado (30%) e estruturas vasculares abdominais (25%).
Os ferimentos abdominais por arma de fogo comportam uma taxa de lesão interna de até 97%, sendo o poder destrutivo maior nos ferimentos por armas militares do que por armas civis. Deste modo, salvo em raras exceções, a laparotomia exploradora é mandatória neste tipo de mecanismo de trauma, para o controle de sangramentos e contaminação intestinal.
Na avaliação do paciente com suspeita de trauma abdominal, todos os esforços concentram-se em se fazer o diagnóstico da presença de lesão abdominal, sendo de menor importância o diagnóstico topográfico específico da lesão. O quadro clínico mais freqüente é a presença de choque hemorrágico sem causa aparente. Devemos excluir outras causas de choque hemorrágico no tórax, retroperitônio/bacia e ossos longos. Também deve-se excluir causas de choque não hemorrágico. Na investigação do paciente com suspeita de trauma abdominal, os sinais no exame físico podem não ser aparentes na admissão. Cerca de 40% dos pacientes com hemoperitônio de considerável volume podem não apresentar manifestações clínicas na avaliação inicial. O uso de drogas