Estudo de caso Hotel Urbano
“A gente quer crescer. Tivemos prejuízo nos dois primeiros anos. Mas hoje nosso fluxo de caixa é positivo”, diz João. Parte do mercado considera que os irmãos ainda precisam entregar mais para passar no teste das promessas que não morrem na praia — a história da internet é pródiga em empresas que apostam demais em crescimento sem gerar valor e acabam fechando.
“A receita de uma startup não pode ser o único critério a ser avaliado”, diz Daniel Cunha, sócio do fundo de investimento Initial Capital, com sede em São Paulo. A julgar pelos últimos três anos, vai ser difícil colocar isso na cabeça dos irmãos, que não estão acostumados a tirar o pé do acelerador.
Enquanto os brasileiros continuarem gastando cada vez mais em viagens ao exterior, o site deverá seguir com a audiência lá no alto — mantendo vivo o sonho da família Mendes de apertar o botão de abertura do pregão na Nasdaq.
Os dados mais recentes mostram que a internet tem sido peça-chave para a atração de novos viajantes. Nos Estados Unidos, de acordo com a consultoria Phocus Wright, 60% das compras relacionadas ao turismo são feitas pela web. No Brasil, o percentual é de 20% e tem crescido à medida que mais brasileiros estão se conectando.
Segundo o instituto de pesquisa Ibope, dos 100 milhões de usuários de internet do Brasil, 26% navegaram em sites do setor de turismo no último mês de junho. Entre as empresas que estão aproveitando o avanço das vendas online desse segmento no Brasil, o maior destaque é o Hotel Urbano.
A startup foi criada no Rio de Janeiro no início de 2011 pelos irmãos João Ricardo e José Eduardo Mendes e, em menos de três anos, já apresenta números de gente