Estudo de caso - hipóteses diagnósticas
(por que não é um outro transtorno)
1) Antonio, 24 anos, solteiro, estudante universitário. Chega acompanhado de sua mãe por relatar que deseja “se jogar na frente de um ônibus” por não aguentar mais ter que lutar contra as pessoas que querem controlar seu corpo. Sua mãe relata que já o levou outras vezes para ser internado porque Antonio não conseguia controlar as vozes na sua cabeça, que o impediam de dormir. A primeira vez que procuraram internação foi há cerca de dois anos. A mãe de Antonio refere que o paciente não tem conseguido acompanhar as aulas na faculdade por precisar atender aos comandos que as pessoas que invadiram o seu corpo lhe faziam, como cuspir constantemente em um copo. Temia que dissesse coisas nas aulas independente de sua vontade pois as pessoas em seu corpo haviam lhe prendido a boca e o queixo com um barbante amarelo, o fazendo parecer como um ventríloquo. Antonio fala que das outras vezes, as vozes não lhe davam comando, mas o ofendiam o chamando de bicha. A mãe refere que outros comportamentos estranhos vem piorando após perceber que o filho está usando maconha cerca de 2 vezes na semana. Ao indagar Antonio sobre o uso de maconha, este refere que com a substância consegue “confundir”as pessoas em seu corpo, conseguido com que uma ou duas dessas vozes o fazem elogio, entretanto isso só acontece nos dias em que usa maconha. Nos outros dias diz que as vozes ficam mais raivosas e intensas e que isso é o que faz com que Antonio deseje, a qualquer custo, acabar com as vozes.
ESQUIZOFRENIA – Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo.
DIFERENCIAL - PORQUE NÃO É:
- Transtorno depressivo maior/bipolar com psicose/catatonia: As alucinações deste paciente ocorrem em períodos diversos e também ao utilizar maconha;
- Transtorno