Estudo de Caso : GPA x BRF
Mais uma vez, temos um impasse acontecendo no mundo corporativo, do qual o foco é a existência de conflito de interesses. Abílio Diniz conhecido executivo e um dos fundadores do grupo Pão de Açúcar, uma das maiores redes de varejo do país, do qual atualmente é presidente do conselho, foi convidado a exercer a mesma função no grupo BR Foods, uma das maiores empresas de fornecimento de alimentos do Brasil e o maior fornecedor do GPA.
Este fato vem gerando discussões sobre a legalidade de se exercer a função sem influenciar as decisões das duas empresas, sendo que o mesmo estaria a par de informações privilegiadas e estratégicas. A lei que regulamenta as atividades societárias afirma que é possível exercer a mesma atividade em duas empresas, diante da vontade do acionista, desde que o ocupante do cargo tome suas decisões desconsiderando seus interesses.
Em uma breve analise, podemos ver que existe um conflito de agência. Abílio que atua no conselho do GPA tem uma relação desgastada com o novo sócio controlador, o Casino, desde que vendeu sua participação para o grupo francês, Abílio pode intervir de maneira a beneficiar o BRF e prejudicar interesses do GPA. Isso porque, há quem afirme que a saída definitiva de Abílio dependa apenas valor a ser pago pela suas ações remanescentes do acordo, temos aqui um conflito entre gestor e acionistas.
E o que Abílio pode querer com isso? Polemicas, afetam o ambiente de negócios, por sua relação com o Casino, talvez a ultima medida seja deixar o conselho da GPA, mas essa incerteza influi no mercado, suas ações podem aumentar o valor, assim ele poderia ganhar mais por elas. A sua ida para BRF ainda assim o deixa próximo ao GPA, todas as medidas estratégicas decididas pelo conselho podem influenciar as atividades de abastecimento da rede. Todas as atitudes levam a crer que Abílio quer se beneficiar ao máximo, e está considerando apenas seus interesses, diante da oportunidade oferecida, e ainda consegue