Estudo de caso DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC- é uma enfermidade de cunho crônico cuja principal característica é a ocorrência de obstrução das vias aéreas em função da presença de bronquite e/ou enfisema (CUPPARI, 2005). Por consequência, ocorre alteração no processo de respiração (LANÇA, 2010). Tal obstrução pode ser seguida de hiper-reatividade das vias aéreas e, por isso, não é totalmente reversível mesmo com o uso de broncodilatadores, é progressiva e está relacionada a um processo inflamatório em resposta à inalação de substâncias potencialmente tóxicas. A inflamação crônica acaba por levar a alterações dos brônquios, causando bronquite crônica, bronquíolos, bronquiolite obstrutiva e parênquima pulmonar, caracterizando o quadro de enfisema pulmonar (BRASIL, 2004; CUPPARI, 2005).
A bronquite crônica é a inflamação dos brônquios, caminho pelo qual o ar chega até os pulmões, pode ser caracterizada pela presença de tosse produtiva (muco) em vários dias por um período de, no mínimo, 3 meses em 2 anos seguidos. No entanto, devem ser descartadas outras hipóteses diagnósticas para o quadro de tosse na presença de catarro (infecções respiratórias e tumores) (LANÇA, 2010; HADJILIADIS, 2005).
Enfisema pulmonar existe quando parte dos alvéolos pulmonares são destruídos e outra parte tem seu funcionamento prejudicado afetando a troca gasosa. Ocorre destruição de forma progressiva dos sacos aéreos e dos tecidos que estão ao seu redor. Com o desenvolvimento da doença, são gerados cistos de ar que substituem o tecido pulmonar fazendo com que o ar fique retido nos pulmões pela ausência de tecido conjuntivo levando à diminuição da oxigenação. (LANÇA, 2010; HADJILIADIS, 2005).
A bronquite crônica descreve as características clínicas da doença, ao passo que a enfisema pulmonar descreve as características estruturais da enfermidade, se mostrando em graus diversos em diferentes pacientes e não definindo a doença com relação ao