Estudo de caso - comportamento organizacional
Não deixa de ser um desafio refletirmos sobre a geração Y. Afinal, apesar do nome “geração”, não é disso que se trata, mas sim de um grupo de indivíduos que se identifica desse modo.
Como geração, não existe. Isso porque estudos científicos mostram que o que conecta uma geração de pessoas são os fatos que vivenciaram, e não o período em que nasceram. Assim, pode-se dizer que há pessoas que, independentemente de suas idades, se conectam por eventos, como a era Senna, a queda das torres gêmeas e, mais recentemente, a caçada e morte de Bin Laden. Cientificamente, portanto, não há nada que comprove a existência de uma geração específica a partir de meados dos anos 70 – até mesmo a definição de geração Y é bastante imprecisa: alguns consideram as pessoas nascidas a partir de 1975 (quando foi lançado o Altair 8800 – primeiro microcomputador comercial do mundo), mas outros dizem que são as pessoas do início década de 80 e que vivem superconectadas a tudo, via tecnologia.
O termo apareceu pela primeira vez em 1993, no editorial da revista Advertising Age, para descrever os adolescentes da época e diferenciá-los da geração X – que foi sua predecessora. Desde então, a publicação assim se refere aos nascidos a partir de 1981 ou 1982.
Portanto, é uma definição mais apropriada para gestores que precisam tomar decisões mercadológicas do que de liderança. Entretanto, o comportamento observado naqueles que se identificam como geração Y de fato encontra um ambiente empresarial despreparado para suas características e expectativas. Em primeiro lugar, são pessoas muito ligadas à tecnologia. Mas a utilizam sem pensar em termos de adequação empresarial, ou se estão sendo apropriadas para sua carreira.