Estudo De Caso 03
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14 DE SETEMBRO DE 2009
ANITA ELBERSE
JASON BERGSMAN
Radiohead: música pelo preço que quiser pagar
op yo “Não, realmente é você quem decide”. Um curto anúncio no site do Radiohead
(www.radiohead.com) no início de outubro de 2007 resumia, em alto e bom som, o lançamento planejado do álbum In Rainbows. As músicas estariam disponíveis exclusivamente no formato de download digital através do site da banda – pelo menos no início – e, além disso, seria permitido a cada fã decidir o quanto desejava pagar, decisão esta que gerou uma grande especulação da mídia em geral sobre o próprio futuro da música.
Radiohead
O grupo
tC
Com data prevista de lançamento para 10 de outubro de 2007, o plano altamente heterodoxo representava uma mudança significativa em relação à prática da indústria, que era de preços fixos – normalmente US$0,99 para uma música e US$9,99 ou mais para o álbum completo. Seria esse plano, pensado pela própria banda e por seus produtores Chris Hufford e Bryce Edge (da inglesa Courtyard
Management) uma ideia genial, ou seria, conforme alguns insiders do setor pensavam, apenas mais um prego no caixão na já moribunda indústria da música?
No
Formado em 1985 por cinco amigos que estudavam juntos em uma escola particular inglesa de elite, o Radiohead era uma das bandas mais populares e artisticamente mais significativas do final do século XX e início do XXI. Batizada com o nome de uma música da banda Talking Heads, à época bastante popular, o Radiohead era composto pelo cantor/guitarrista Thom Yorke, o baixista Colin
Greenwood, o tecladista Jonny Greenwood, o baterista Phil Selway e o guitarrista Ed O’Brien.
Do
Conhecido por seu estilo emotivo, o Radiohead atraiu as atenções do mercado americano com o seu single Creep em abril de 1993, que acabou por apresentar o álbum de estreia Pablo Honey aos consumidores de música. Partindo do sucesso da banda eu seu mercado doméstico, o Reino Unido, a gravadora Capitol Records transformou a