Estudo da Polícia

Poucas instituições despertam tantos sentimentos contrários e contraditórios como a polícia. Ela é vista salvando vidas, socorrendo pessoas em perigo, dentre dezenas de outras atitudes edificantes vistas com simpatia e até orgulho pela população. Paralela a essa visão magnífica, os jornais estampam com alguma frequência uma série de atos reprováveis que parecem anular tudo o que a polícia faz de positivo. Policiais violentos roubam vidas inocentes, ofendem a integridade física de cidadãos, praticam extorsões, recebem propinas. No imaginário de muitos cidadãos a polícia ainda é aquele conjunto de funcionários bisonhos, iletrados e truculentos. Este “paradoxo” da instituição policial, isto é, as duas faces contraditórias da polícia, pode ser associado à violência policial, corrupção, vício e incompetência, responsáveis pela visão negativa que se tem da polícia. Entretanto, existe uma causa primária, que antecede a todas as demais, os estudos sobre a polícia são embrionários e escassos, inclusive o policial desconhece qual é propriamente o seu lugar, atuando nos campos da sociologia, da ciência do direito, da criminologia, da psicologia, e até mesmo da administração. A advertência presente no fragmento de texto apresentado demonstra a importância do estudo da polícia, visando à diminuição desta imcompreensão, sobretudo entre os próprios policiais. A polícia é uma profissão que exige qualificação e a aspiração do estudo da polícia é que o policial se dedique ao conhecimento de si, antes mesmo de lhe ser ministrado o conhecimento acerca da atividade policial.

No tocante ao estudo da polícia devemos distinguir a Policiologia da Ciência Policial, a primeira consiste no estuda sobre a polícia, sendo esta o objeto de estudo, a segunda, por sua vez, representa o estudo da polícia, sendo esta o sujeito do estudo. Na Policiologia, a polícia é estudada sob todos os aspectos, visando a possibilitar a compreensão da instituição, organização e profissão policial. O estudo do