Estudo Ambiental
O modelo de desenvolvimento atual, baseado em padrões de consumo cada vez mais elevados, tem gerado impactos com consequências socioambientais profundas, como ampla degradação dos recursos naturais, mudanças climáticas e crises econômicas e sociais.
Além disso, o estilo de vida urbano, com elevada demanda energética, geração de ampla poluição atmosférica, com destaque para a emissão de gases de efeito estufa e gases que afetam a camada de ozônio e a pressão sobre os recursos hídricos, pode ser considerado um dos responsáveis pelos principais problemas ambientais globais (HOGAN et al., 2001). Este estilo de vida gera, além de impactos ambientais, a exclusão social e a exposição da população a diversos riscos e vulnerabilidades. No decorrer das últimas décadas, aumentaram a preocupação e as discussões sobre as mudanças climáticas, em especial com relação às suas origens e suas consequências sobre o ambiente e a humanidade, ocasionando um acirrado debate sobre as evidências da conexão entre mudanças climáticas e o efeito estufa, com consequente aquecimento global (GORE, 2006).
Diversos estudos (HOGAN; TOLMASQUIM, 2001; MARENGO, 2007) têm apontado a importância dos riscos decorrentes das mudanças ambientais globais e suas consequências, baseados em cenários associados às mudanças climáticas que os cientistas vêm construindo (HOUGHTON;
JENKINS; EPHRAUMS, 1990), que incluem aumento de temperatura, secas, elevação do nível do mar, redução dos lençóis freáticos, pronunciadas variações do clima no curto prazo, tais como
tempestades,