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Luís Carlos Martins Pena nasceu no Rio de Janeiro em 1815 e morreu em Lisboa em 1848. Em Martins Pena, considerado o fundador do teatro e da comédia brasileiros, há dois aspectos fundamentais. Escrita em pleno Romantismo, sua obra escapa aos cânones do movimento, tendendo já às soluções realistas pelo empenho em retratar tipos e costumes da vida cotidiana. Por outro lado, ele foi o primeiro grande autor do país a escrever somente para o palco, quando outros viam na criação teatral uma espécie de ramo secundário da literatura mais séria. Ao fazer um humor verbal, com trocadilhos e jogos de palavras, suas peças se afastaram da tradição lusitana, valorizando o modo de falar brasileiro, adotando expressões populares e repondo-as muitas vezes em uso com nova picardia e mais força. Sempre montado e remontado com absoluto sucesso, este comediógrafo é até hoje um mestre, pela perícia ao combinar suas cenas, ao dispor seus efeitos e ao arquitetar seus diálogos. É um caricaturista em palavras, que vergasta a sociedade ao desnudar-lhe os ridículos.
Obras
Um Sertanejo na Corte (1833-37)
O Juiz de Paz da Roça (1842) - resumo
O Judas em Sábado de Aleluia (1846)
O Cigano (1845)
As Casadas Solteiras (1845)
O Noviço (1845)
O Namorador ou A Noite de São João (1845)
O Caixeiro da Taverna (1845)
Os Meirinhos (1845)
Os Ciúmes de um Pedestre ou O Terrível Capitão do Mato (1846)
Os Irmãos das Almas (1846)
O Diletante (1846)
Quem Casa, Quer Casa