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Análise da casa de vidro de Lina Bo Bardi Através dos conceitos de Maria Lúcia Malard.
Arquitetura é experiência. É algo a ser sentido e vivido, está na necessidade do funcional, da beleza, da estética e da harmonia e do desejo.
Elementos que permitem uma profunda interação com os meios onde se inserem. Justamente onde a história social acaba de alguma forma impressa nos obras ou edificações que fazem parte da vida das pessoas.
A análise da “Casa de Vidro” permite uma abordagem muito interessante desta experiência, pois explora o processo de humanização que arquitetura carrega e necessita para funcionar, que se aplicam não apenas ao espaço geométrico (Malard, 2006) mas à sensibilidade das pessoas, carregando marcas profundas de quem as utiliza. Edificações e objetos são preciosos depósitos da memória, material impregnado de informações curiosas que esperam por uma interpretação apurada, capaz de resgatar os pedaços de uma história perdida, ou menosprezada. Nesse evento de resgate pode-se compreender os modos como a ideologia e os conceitos vão se infiltrando gradativamente e se metamorfoseando nas mais profundas esferas dos sentimentos pessoais.
Partindo-se do princípio da dissociabilidade do homem e do mundo a Casa de Vidro” se encaixa perfeitamente neste contexto, já que a transparência do material utilizado, permite uma comunicação intensa, original e até orgânica com a natureza.
Os croquis da autora permitem uma análise empírica do projeto. Pois é possível ver que o conceito original estava em introduzir a construção ao terreno de forma mais natural possível, tanto que muito lembra assentamento de casas rurais em alguma regiões do país.
É possível ainda ver nos estudos iniciais a preocupação em instalar as dependências em um único volume, otimizando a funcionalidade ou pela facilidade de construção. Pressupondo a autonomia do volume da construção em relação ao perfil do terreno.
Croquis de Lina Bo Bardi - Fig. 03 & 04
Posteriormente em uma etapa mais