estudante
O primeiro a chegar é um fidalgo, a seguir um onzeneiro, um parvo, um sapateiro, um frade, uma alcoviteira, um juiz, um procurador, um enforcado e quatro cavaleiros. Um a um aproximam-se do Diabo, carregando o que a vida lhes pesou. Perguntam para onde vai a barca e, ao saber que vai para o inferno, ficam horrorizados e dizem-se merecedores do Céu. Aproximam-se, então, do Anjo que os condena ao inferno pelos seus pecados.
O fidalgo, o onzeneiro, o sapateiro, o frade e a sua amante, a alcoviteira (Brísida Vaz), o judeu, o corregedor (juiz), o procurador e o enforcado são todos condenados ao inferno pelos seus pecados. Apenas o parvo é absolvido pelo Anjo. Os Cavaleiros nem sequer são acusados, pois deram a vida pela igreja.
Cena II - Fidalgo (Dom Anrique)
O primeiro a embarcar é um Fidalgo que vem acompanhado por um Pajem, que lhe leva o manto e uma cadeira. O Diabo mal vê o Fidalgo diz-lhe para entrar na sua barca. Este dirige a palavra ao Diabo, perguntando-lhe para onde ia aquela barca. O Diabo responde que o seu destino era o inferno. O fidalgo resolve ser sarcástico e diz que as roupas do Diabo pareciam de uma mulher e que a sua barca era horrível. O Diabo não gostou da provocação e disse-lhe que aquela barca era a ideal para tão nobre senhor. O Fidalgo, admirado, diz ao Diabo que tem quem reze por ele, logo o inferno não será a sua paragem, mas acaba por saber que o seu pai também já encontrara guarida naquela barca.
O fidalgo tenta entrar noutra barca e, por isso, resolve dirigir-se à barca do Anjo. Começa por perguntar ao Anjo, para onde é a viagem e que aquela é a barca que procura, mas é impedido de entrar, devido á sua tirania, pois aquela barca era demasiado pequena para tão grande fidalgo, ou seja, não