Estudante
História 4° Período
Historia Contemporânea
Luiz Guilherme de Andrade Santos
Resenha referente ao texto: Metrópoles, as Faces do Monstro Urbano
A cidade tem sua gênese a partir de um quadro, gerado pela Revolução Industrial, de intensa aglomeração de pessoas que nesse sentido era nada menos que força de produção. Na Inglaterra, apenas como exemplo, houve uma lei que confiscava propriedades de pecuaristas a fim de produzir matéria-prima pra indústrias, o que acaba gerando um grande êxodo em direção às cidades. A autora então analisa quais as implicações e transformações que ocorrem da passagem do homem rural para o homem urbano. Essa passagem gera um claro desenraizamento do homem, naturalmente rural, com valores sociais embasados em séculos de uma manutenção de uma organização social, psíquica, material e cultural quase imutável. Esse fator cria uma imagem de crise, pois o homem é arrancado de sua íntima relação com a natureza, porém isso aponta para uma situação em que ele é tido como o vencedor da natureza, pois cria algo que é considerado independente à ela, a máquina. Agora na cidade os valores são outros, a máquina é a força que produz abundancia e diminui a dependência do homem às intempéries da natureza. Como lê-se no texto: “... superação de um mundo sempre às voltas com a escassez de recursos...”. A autora acredita haver também um estranhamento do homem com o mundo em que vive. Há uma sensação de que ele é necessariamente obediente à uma fator exterior de necessidade, que não seria a própria dele; mas Bresciani afirma que essa necessidade seria produzida por ele próprio. Fato discutível se levado em conta que a força de trabalho, os proletários, produzia bens que em sua grande maioria não era desfrutado pela própria classe produtora. Isso remete ao problema reconhecido quando considerado o sistema de Marx para a organização do capitalismo do século XIX. Maria Estela Bresciani nos apresenta também alguns