Estudante
Em meio à rotina e a correria do dia a dia, a arte vem para preencher e ocupar a vida daqueles que a admiram. Músicas, pinturas, peças teatrais, enfim, a arte se manifesta de diversas maneiras e sempre tenta nos convencer de seu propósito.
Eis que surgem então em meio a paisagem urbana, manifestações plásticas carregadas de conteúdo e argumento: o grafite e a pichação. Uma das formas de manifestação do hip hop, a arte através dos muros reivindica, atrai os olhos e tenta convencer ao espectador. Diferente da maioria do mundo, o Brasil é um dos únicos (senão único) país que diferencia o grafite da pichação. O que talvez mais evidencie essa diferença, sejam as técnicas exigidas em cada um. Além disso, a intencionalidade do artista carrega nas costas o peso de diferenciar ainda mais os dois estilos.
Mesmo tendo surgido com a mesma intenção de se apropriar do espaço público a fim de transmitirem mensagens de cunho político, social, cultural, humanitário e, sobretudo, artístico, hoje o caráter de legalidade da prática é tomada como divisor de águas entre o grafite e a pichação. Enquanto o picho é considerado ilegal e dá até cadeia, o grafite (autorizado, é claro) é legal e tem tomado seu espaço, sendo socialmente aceito como forma de expressão artística contemporânea, respeitado e até estimulado pelo poder público.
Com maior preocupação estética, o grafite é mais elaborado e exige um pouco mais do artista, possuindo desenhos mais detalhados e estilos cada vez mais impressionantes, pautando-se no belo como forma de argumentar com quem o observa. Mesmo tendo surgido como arte da rua, na rua e para a rua, hoje o grafite já ocupa galerias e paredes internas, muitas vezes não se pautando mais em seu caráter essencialmente urbano.
De maneira diferente, a pichação, considerada vandalismo e não reconhecida por seu valor artístico e comunicativo, é mais simples que o grafite, caracterizando-se pela repetição de inscrições rápidas, geralmente