ESTUDANTE
Para falar da Educação devemos antes lembrar os aspectos que envolvem a origem da ação de educar, centrada na pedagogia; E da teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.
A educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política.
As práticas ou manifestações educacionais na antiguidade tiveram início com os gregos. É com os gregos que educação toma bases e princípios novos, a Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia.
Nos primeiros tempos, quando não existia a escrita, a educação é ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa.
As famílias gregas mais abastadas e consequentemente mais poderosas entregavam seus filhos a tutores, que eram responsáveis pelo ensino da oratória, do cálculo, da filosofia, da poesia. Enquanto as meninas recebiam educação apenas de suas mães, e aprendiam somente as lições do lar, para que se tornassem boas mães e esposas.
Apenas com o advento das poleis (πολεις) começaram a aparecer as primeiras escolas, visando atender a demanda.
As explicações predominantemente religiosas foram substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana e não mais divina. Surge a necessidade de elaborar teoricamente o ideal da formação, não do herói, submetido ao destino, mas do cidadão.
O cidadão não será mais o depositário do saber da comunidade, mas aquele que elabora a cultura da cidade, e ele não está mais preso ao passado, mas é capaz de projetar o futuro. Assim nasceu a Paidéia, termo criado por volta do século V a.C. que significava inicialmente apenas: criação dos meninos (pais, paidós, “criança”).
Podemos concluir que os gregos, com a elaboração de práticas educacionais e ao discutirem os fins da Paidéia, esboçaram as primeiras linhas conscientes da ação pedagógica.