Estudante

Movimentos sociais e mudança política

Para elabora os motivos pelos quais os movimentos podem ser considerados agentes de mudança social é preciso definir primeiramente o que são os movimentos sociais. Donatella Della Porta expõe o conceito como redes de integração de crenças compartilhadas em maioria informais, sobre vários temas conflitantes e se utilizam de formas diversas de protestos.
Para Della Porta, os movimentos sociais assim definidos podem ser agentes de mudança social, pois eles elaboram novas visões, valores e objetivos, que se diferem daqueles que já estão impostos pelos dominantes, essas novas elaborações são permitidas pelas redes de integração e relações dos movimentos, que geram essa agregação de vocabulários e ideias.
Essa nova visão da realidade também acontece, pois os movimentos sociais têm como base valores emergentes, não somente a antiga luta de classes como outros novos conflitos, que estão deixando de serem assuntos individuais e da vida privada e passaram a trabalhar em coletividades, integrando e tornando publico as lutas. Um exemplo são os movimentos de moradia, estudados no artigo “Ocupar, reivindicar, participar: sobre o repertorio de ação do movimento de moradia de São Paulo” que é um dos principais movimentos populares da cidade de São Paulo, consolidado e bem estruturado que se matem firmes nos novos valores elaborados por si e matem dialogo através de participação política por meios convencionais e não convencionais.
Os meios não convencionais de ação política são para Della Porta entendidos como protestos, que acabam por interrompem a rotina quotidiana e são as formas de comportamento político adotadas pelos movimentos sociais. Os protestos buscam outros meios de se chegar a participar do jogo político, utilizando-se da mídia e necessitam chamar atenção para a sua luta. Um exemplo de protesto é a ocupação de imóveis e terrenos vazios ou públicos dos movimentos de moradia. No entanto, dentro do próprio movimento a