estudante
Análise de pressupostos na criação de componentes sonoras para obras Cinematográficas / Videográficas de Ficção.
Álvaro Barbosa: abarbosa@porto.ucp.pt
Escola das Artes - Som e Imagem 2000/01
Universidade Católica Portuguesa
O acto de investigar e classificar a componente sonora de obras cinematográficas ou videográficas não tem como objectivo formar uma teoria que permita compreender a essência e o significado do som em obras de ficção, mas sim o objectivo de criar uma linguagem de análise e referência que permita aos criadores nesta área um trabalho mais efectivo e consciente.
Em obras de ficção tipicamente 80% do som final é criado em pós-produção incluindo diálogos, música, paisagens sonoras e efeitos especiais, o que significa que quase toda a componente sonora de uma obra de ficção não passa de uma representação virtual de fenómenos psico-acústicos que têm o objectivo de criar na audiência a ilusão de um ambiente real e credível.
A criação da componente sonora em cinema/vídeo embora produzida independentemente, é sempre conduzida em função da imagem e corresponde normalmente ao último estágio final do processo de produção.
Os objectivos por trás da sonorização passam normalmente por procurar criar predisposição para as cenas e ajudar/influenciar a interpretação da acção, preferencialmente sem que os elementos da audiência se apercebam da forma como estão a ser conduzidos, sendo por este motivo que, paradoxalmente, se classificam como os melhores efeitos/bandas sonoras aqueles que passam despercebidos. Numa primeira análise observando o processo de produção da componente sonora de uma obra de ficção típica podemos distinguir:
Diálogos: quase sempre gravados posteriormente em estúdio especialmente em cenas de exterior.
Efeitos Sonoros: tipicamente subdivididos em duas categorias: a paisagem
sonora e os efeitos especiais.
Música: elemento criado com o objectivo de conduzir emocionalmente a