estudante
O desenvolvimento deste trabalho está previsto no projeto de pesquisa “Os intelectuais da Extrema-Direita e a Negação do Holocausto no Brasil”, do prof. Dr. Luís Edmundo de Souza Moraes, como atividade do programa de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq, e intenta, num sentido geral, mapear elementos constitutivos do discurso da extrema-direita do tempo presente manipulados no sentido da construção de seu(s) projeto(s) político(s) de mundo. Para o que se pretende, esta comunicação tratará do papel da homofobia na construção destes projetos
Nossa exposição se orientara em três eixos: um primeiro que vai no sentido de definir nosso objeto; um segundo, que através de um histórico, fornece condições para que vislumbremos o “estado da arte”, qual seja, a forma de apresentação e ação dos partidos e movimentos da extrema direita do tempo presente, possibilitando um terceiro e último que, a partir da análise do sítio eletrônico Stromfront, nos conduzirá às formas de como os projetos políticos da extrema direita se valem do discurso homofóbico para seus fins.
A metodologia que orienta o trato com nosso objeto é a análise do discurso, uma vez que compreendemos, como propõe Orlandi (2005), que a linguagem, a forma de os sujeitos se expressarem no espaço público, ao contrário de uma visão realista que a toma como sendo uma forma neutra dizer sobre o mundo, nunca é neutra, sendo antes, uma mediação entre o sujeito mesmo, que se significa e produz significados de si a partir de suas relações sociais no tempo, na história. Nesse sentido, outra compreensão que justifica este trato é a compreensão proposta por M. Pêcheux (1975), que toma o discurso como materialidade da ideologia, e a língua, manifesta no texto, como materialidade do discurso, de forma que a não há discurso sem sujeito, e não há pois, sujeito sem ideologia, uma vez que o indivíduo é fabricado enquanto sujeito pela ideologia mesmo, através