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1. A PRODUÇÃO DO ESPAÇO COMO ESTRATÉGIA DO CAPITAL
O modo de produção capitalista passou a fazer parte dos circuitos de valorização do capital, seja pela simples mercantilização da terra, seja pelo seu parcelamento ou pela sua crescente inclusão nos circuitos de circulação do capital financeiro. Ocorre uma crescente dependência por parte do capitalismo da produção e consumo do espaço nas últimas décadas. A relação entre o espaço e o modo capitalista de produção deve ser vista como fazendo parte de uma relação dialética e complexa entre o capitalismo e o espaço. Para o entendimento da produção do espaço deve-se levar em consideração o monopólio de uma classe sobre o espaço a alta burguesia, no caso do capitalismo, o que exclui principalmente os pobres da propriedade fundiária. Isso porque a classe que detém a maior parte dos recursos pode, através do dinheiro, ocupar, modelar e fragmentar o espaço da forma que melhor lhe convém.
1.1. O consumo e a produção do espaço sob o capitalismo
É utilizado como meio de produção para a geração de mais-valia, sendo consumido produtivamente. O consumo produtivo sempre faz desaparecer uma realidade material ou natural para transformar-se em valor adicionado à mercadoria. A produção e o consumo do espaço estão inseridos no amplo processo de reprodução das relações de produção capitalista, na medida em que são guiados pelos ditames da propriedade privada, e são regulados pelas necessidades do capital de gerar valor excedente. O espaço passa a ter cada ver maior importância para o capital. A predominância do financeiro nas estratégias de acumulação tem a produção do espaço como uma das condições de sua realização. São exemplos: a construção de shopping centers, empreendimentos de turismo e lazer, centros empresariais, grandes condomínios, hotéis e flats.
1.2. As contradições do espaço São contradições da sociedade que se materializam