Estudante
O escritor pertence à segunda geração do romantismo e é patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras. Escreveu pouco, mas, ficou muito popular devido à linguagem simples, delicada e cativante, e ao seu lirismo de adolescente retratado em sua poesia, que girava em torno do amor, da tristeza da vida, da saudade da Pátria da saudade da infância e das glórias da independência. Apesar da popularidade, a crítica literária considera sua obra superficial.
Seu poema "Meus oito anos" retrata bem a nostalgia da infância: Oh! que saudades que tenho/Da aurora de minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!/Que amor, que sonhos, que flores,/Naquelas tardes fagueiras/A sombra das bananeiras,/Debaixo dos laranjais!.
Em 1856, sua peça "Camões e o Jau", foi encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Três anos depois contraiu tuberculose, o que o obrigou a voltar para o Brasil e publicar seu único livro “Primaveras”. Logo depois do lançamento Casemiro morreu.
Um de seus mais famosos poemas foi Saudades:
Saudades
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então — proscrito e sozinho —
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
— Saudades — dos meus amores,
— Saudades — da minha terra!