Estudante
REFERÊNCIA: Capítulo 11 - PATRICK, G. L. An introduction to medicinal chemistry. 4
Oxford, 2009
METABOLISMO DE FASE I
1 Metabolismo de fármacos
Quando os fármacos entram no corpo, eles estão sujeitos a ataques de uma gama de enzimas metabólicas. O papel destas enzimas é degradar ou modificar a estrutura externa, de tal forma que o fármaco possa ser mais facilmente excretado. Como resultado, a maioria dos fármacos sofre alguma forma de reação metabólica resultando em estruturas conhecidas como metabólitos. Muitas vezes estes metabólitos perdem a atividade do fármaco original, mas em alguns casos eles podem manter um determinado nível de atividade. Alguns metabólitos podem ter uma atividade diferente dos fármacos afins, resultando em efeitos colaterais ou toxicidade. Um conhecimento do metabolismo dos fármacos e suas possíveis consequências podem ajudar o químico medicinal na concepção de novos fármacos que não formem metabólitos inaceitáveis. De igual modo, é possível tirar proveito do metabolismo do fármaco para ativar fármacos no organismo. Isto é a estratégia utilizada nos pró-fármacos. Agora identificar os metabólitos de um novo fármaco é um requisito para que ele possa ser aprovado. A estrutura e estereoquímica de cada metabólito tem que ser determinada e o metabólito deve ser testado quanto à atividade biológica.
2 Metabolismo de fase I e fase II
Fármacos são substâncias estranhas ao organismo e este tem seu próprio método de se livrar desses invasores químicos. Se o fármaco é polar, ele será rapidamente excretado pelos rins. No entanto, fármacos pouco polares não são facilmente excretados e a intenção do metabolismo do fármaco é converter esses compostos em moléculas mais polares que possam ser facilmente excretados. Enzimas não específicas (enzimas do citocromo P450 particularmente no fígado) são capazes de adicionar grupos funcionais polares numa vasta variedade de fármacos. Uma vez que o grupo
funcional