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Para Philip Zimbardo, Psicólogo chefe da Experiência da Prisão de Stanford e autor da Teoria do Efeito Lúcifer, o mal é o exercício do poder.
Segundo ele, a linha entre o bem e o mal não é fixa e impermeável, mas, móvel e permeável, ou seja, boas pessoas podem sob determinadas circunstâncias se tornarem pessoas ruins e pessoas ruins sob determinadas circunstâncias podem se reabilitar, se recuperar e se tornarem pessoas boas.
Mas o que é responsável por essas circunstâncias? Para Zimbardo a responsabilidade pode ser do individuo, mas também pode ser fruto das circunstâncias de controle do contexto imposto. Indo além, ele elaborou que existem três formas de se identificar os fatores que levam os indivíduos a transformações de caráter humano.
A primeira é a Disposicional, ou seja a identificação do individuo, temos que analisar o que está dentro da pessoa.
A segunda é a Situação, temos que entender todos os fatores externos, quem são os agentes por trás do individuo. Philip usa uma metáfora de cinema “quem está no elenco?” “qual é o figurino? “existe um diretor do espetáculo?”Segundo ele somos todos atores num palco.
A terceira é o Sistema, pois cria situações políticas, econômicas e culturais que corrompem os indivíduos.
Sendo assim o Efeito Lúcifer tenta entender as transformações do caráter humano usando estes três fatores.Se quisermos mudar um individuo é necessário mudar a situação, mas para mudar a situação é necessário saber onde o poder se encontra no sistema.
O estudo da Prisão de Stanford é um estudo sobre o poder das instituições para influenciar o comportamento individual.
Nele 75 estudantes universitários foram voluntárias a fazerem testes de personalidade, destas 75 pessoas, foram selecionados os 14 mais normais e saudáveis, para fazerem parte do experimento. Aleatoriamente foram atribuídos os papéis de prisioneiros ou guardas para cada individuo.