Estudante
(1992, p. 12), nas poéticas do surreal. Atentando o olhar para a parte poética, o homem se instala no centro da criação, para reclamar sua liberdade absoluta, realizando-se, de acordo com Carvalho
(1989, p. 22-23), uma travessia mediante o processo de inquietação da consciência. Essa inquietação aparece com a quebra da ordem do mundo e com a transformação da consciência real em consciência surrealista.
Assim, a influência da poética surreal na obra veiguiana é a “libertação mental” do homem e, conseqüentemente, a sua “libertação total”. Ao acessar a supra-realidade, o romancista critica o extremo realismo que empobrece a realidade e canta o hino à imaginação, deixando transparecer que a lógica é inapta para definir tudo o que é humano. Para proporcionar a libertação total do homem, de modo que ele possa estar apto a lutar por uma sociedade também liberta, é necessário analisar o alcance da escrita e do pensamento surrealistas, como vários pensadores acreditavam baseadas também em ideias dadaístas da Europa. Percebe-se ideias relacionadas com a de outros autores por exemplo, como Breton (2001). José J. Veiga, interessa-se pela parte obscura da mente humana, talvez por acreditar ser possível