Estudante
O historiador inglês nos introduz a uma interessante análise do Renascimento na Itália nos apresentando um quadro de artistas importantes, onde percebemos o trabalho meticuloso e articulado pelo autor. Primeiramente ele coloca a visão do que seria a arte na Idade Moderna, quais seriam os problemas para entendermos a sua constituição e como ela influenciava a sociedade e também como era influenciada pela mesma. Há diversas formas de se estudar o processo renascentista dependendo da escola historiográfica a qual o analisador pertence, pois neste e em outros casos os historiadores sociais diferem dos historiadores culturais, o autor por sua vez utiliza uma análise pluralista, pois se serve tanto de uma teoria quanto de outra. Havia uma divisão entre os chamados escritores e os artistas, que se dividiam novamente em várias categorias como, por exemplo, pintores, escultores, arquitetos, humanistas, “compositores”, “cientistas” entre outros. Cada um deles estabelecia uma relação de trabalho diferente, pois uns constituíam-se em associações enquanto outros trabalhavam com suas próprias equipes de serviçais, que por muitas vezes faziam o trabalho inteiro para que no fim com a assinatura do chefe o mesmo recebecesse o mérito pelo serviço. No entanto, mesmo para alcançar estas posições de serviçais artísticos antes disso já era preciso que tivessem mostrado sua capacidade no campo das artes, e assim então eles cresciam em nome e em dinheiro, enriquecendo inclusive vários dos artistas da época.
È importante ressaltar porém que não foram todos que enriqueceram e relembrar a diferença entre os estudiosos “literários” e os artísticos, pois enquanto muitos destes não sabiam nem ler, nem escrever, já que se dedicavam exclusivamente para o estudo artístico, aqueles viviam para o estudo, chegando à vida acadêmica e considerando o trabalho manual dos artistas, um ato mecânico e não digno