Diferente de Èmile Durkeim (as regras do método sociológico), em Karl Marx é o prefácio á crítica da economia política.Em termos gerais Karl Max faz uma apreensão crítico-negativa dos processos reais, ou seja, analisa seu objeto na perspectiva de sua operação. Nos textos de Karl Marx e Frederich Engels está presente uma perspectiva pedagógica, com algumas propostas em torno da instrução. A questão central da abordagem são as condições econômicas e sociais dentro das quais o homem se forma enquanto indivíduo. Falar em educação requer considerar a realidade socioeconômica e a luta de classes presente na sociedade, o que vai resultar numa concepção de educação não mais idealista e neutra, mas, ao contrário, determinada pela relação entre as condições sociais e políticas. Para Marx, o trabalho enquanto atividade essencialmente humana deve ser colocado como centro da formação individual do homem. Assim, a sociedade moderna deve formar um homem por completo, ou seja, que tenha a capacidade tanto manual quanto intelectual. Desta maneira, o modelo pedagógico e educativo elaborado por estes pensadores trouxe para a pedagogia contemporânea duas propostas inovadoras: a importância do trabalho, o qual se contrapunha a uma educação intelectualista, e a relação entre educação e sociedade. Nesta concepção de educação, a escola era concebida como a instituição central para a construção de uma sociedade democrática. Apresentava como característica comum a importância dada à atividade da criança. A infância era vista como um momento iniciador da formação intelectual e moral, de forma que os processos cognitivos estavam relacionados diretamente com a ação e o dinamismo. Neste sentido, era valorizada a experimentação escolar e didática baseada no “fazer” e na motivação individual. Os aspectos que permanecem fortes na pedagogia marxista do século XX são a reivindicação por uma educação laica e a integração entre a formação intelectual (instrução) e a formação para o trabalho. A