estudante
AUTORA: MARIA VILLELA IAMAMOTO
Introdução
A análise dos espaços ocupacionais do assistente social requer inscrevê-los na totalidade histórica considerando as formas assumidas pelo capital no processo de revitalização da acumulação no cenário mundial.
Com o liberalismo, o mercado se reafirmou como órgão regulador supremo das relações sociais, e impulsionou-se uma intensa privatização e mercantilização da satisfação das necessidades sociais, restando ao Estado a responsabilidade de aliviar a extrema pobreza. Nesse cenário, cresce o desemprego, desregulamentação e informalização das relações de trabalho, repercutindo na luta salarial e na organização autônoma dos trabalhadores. Isso tudo radicaliza a questão social em suas múltiplas expressões, ampliando assim o mercado de trabalho para a profissão de Serviço Social na última década.
As alterações verificadas nos espaços ocupacionais do assistente social têm raízes nos processos sociais, expressando tanto a dinâmica da acumulação, quanto a composição do poder político e a correlação de forças no seu âmbito. É esse solo histórico movente que atribui novos contornos ao mercado profissional, diversificando os espaços ocupacionais e fazendo emergir inéditas requisições e demandas a esse profissional, novas habilidades, competências e atribuições.
O espaço profissional não pode ser tratado exclusivamente na ótica das demandas já consolidadas socialmente, sendo necessário, a partir de um distanciamento crítico do panorama ocupacional, apropriar-se das demandas potenciais que se abrem historicamente à profissão no curso da realidade. Os espaços ocupacionais contêm elementos tanto reprodutores quanto superadores da ordem. É importante reconhecer o fio contraditório que percorre os fenômenos históricos e as instituições que abrigam o trabalho profissional.
1 Assistente social, trabalhador assalariado