Estudante

O Príncipe- Estado
1 – Do Príncipe Soberano
A época do renascimento é conhecida como tal pelas inúmeras transformações culturais, políticas, sociais e científicas que marcaram a passagem do período considerado médio para a modernidade.
Entre as principais transformações, estão:
- As realidades históricas e econômicas – o desenvolvimento do comércio e a legitimação indispensável das atividades mercantis. O comerciante adquire cidadania – desenvolvimento da civilização urbana, comercial e manufatureira;
- A imagem do mundo – evolução das navegações e conseqüente descoberta do Novo Mundo; revoluções astronômicas de Copérnico e Kepler e física de Galileu.
- A representação da natureza, que substituiu os símbolos por uma realidade espacial a explorar e conquistar.
- A cultura – a redescoberta da antiguidade Greco- romana pelos humanistas suscita maior interesse pelo homem enquanto dado natural e pelas especulações ético- políticas.
- O pensamento religioso – Enquanto o papado afirma incessantemente sua autoridade espiritual, que implica a subordinação dos poderes temporais, os reinos impõem uma prática jurídica e administrativa que garante autonomia do poder real.
Tais transformações implicaram nas tentativas filosóficas em resolver os problemas ocasionados na origem dessa modernidade: entre os mais marcantes, o Estado como Soberania.
A – O Estado como Fundação absoluta (Maquiavel)
“No que se refere às atividades coletivas, o que é é o Estado.”
Ruptura decisiva das idéias ou continuidades da Idade Média e Antiguidade.
“Estado – poder central soberano legiferante e capaz de decidir, sem compartilhar esse poder com ninguém, sobre as questões tanto exteriores quanto internos de uma coletividade.
Política como atividade constitutiva da existência coletiva.
Maquiavel reaproveita conhecimentos a respeito da república quanto da história política da Antiguidade para fundamentar sua afirmação da originalidade absoluta do Estado.
As regras que presidem o governo