Estudante
A relação opressores-oprimidos na sociedade não é de hoje. Isso é fruto de um processo de desu- manização, devido a uma distorção histórica na qual se instaura a situação opressora estabelecida pela violência de quem oprime. Tal distorção histórica pode ser entendida como uma desigualdade social iniciada pela concepção de diferença como sinônimo de inferioridade e perpetuada através dos anos. Na terra indígena de Nonai, onde é feita a pesquisa do TCC mostra uma relação entre a equipe de saúde e os indígenas por conta de uma falta de preocupação dela com os aspectos históricos, étnicos e culturais, sem contar com a falta de preparo e uma homogeneização do modelo de atenção a saúde para diferentes comunidades sem levar em conta as características de cada povo. A meu ver, isso ocorre por uma falta de valorização da cultura indígena, por parte da sociedade ocidental, sendo isso um fruto da desumanização fruto também da colonização e escravidão desde o século XV.
RESUMO
As equipes de atenção à saúde indígena têm uma capacitação baseada na saúde enquanto corpo livre de doenças. Apesar de hoje, estar havendo iniciativas, por parte das instituições de atenção indígena, governamentais ou não, no sentido de rever esses modelos e essa atuação, é fato que as capacitações que vem ocorrendo não suprem a necessidade de conhecimento desses profissionais sobre as questões indígenas, assim como nas suas atuações, não suprem à necessidade das comunidades, no tangente ao respeito as suas crenças, ao tempo de cada povo indígena, ao incentivo da busca pelos “remédios da alma” que venham a contribuir para o tratamento medicamentoso (quando necessário), as questões de saneamento básico, prevenções e entre outras ações que não venham ferir o estilo de vida desses povos e que considerem o respeito aos desejos das comunidades sobre seu modo de vida.
Entendendo a capacitação como sendo um processo