estudante
P: O uso da espectroscopia ring-down2 de cavidade o tem intrigado de maneira especial.
Você poderia descrever essa técnica?
R: Por um longo período as pessoas têm olhado a absorção colocando uma amostra entre uma fonte e um detector e observando a atenuação da intensidade do feixe de luz em função do comprimento de onda. Praticamente tudo apresenta uma característica de absorção, mas esta não é muito sensível porque a fonte de luz flutua com o tempo.
A alternativa a esse problema consiste em colocar a amostra entre dois espelhos e enviar um pulso de luz nessa cavidade óptica. A luz será refletida no espelho, atravessando a cada vez a amostra. O que o detector lê é um trem de pulsos de luz que deixa o espelho final, com cada pulso tendo menor intensidade que o anterior. A cavidade óptica é, na realidade, um dispositivo de armazenamento de energia, e a velocidade com que perde energia, chamada velocidade de ring-down, depende da qualidade dos espelhos e da absorção da amostra, mas não da intensidade do pulso de luz. Se você coloca na cavidade um pulso grande ou pequeno, ou mesmo uma série de pulsos irreprodutíveis, todos são atenuados (ring-down) na mesma velocidade. Assim, pela medida da velocidade de atenuação, somos capazes de fazer medidas de absorção mais precisas. Eu uso essa técnica para estudar íons em plasmas, bem como analitos em líquidos.
P: Que tipo de trabalho você tem focalizado no nível molecular e celular?
R: Estou interessado na análise de constituintes químicos de células: como as células se comunicam umas com as outras, como elas respondem quando são quimicamente estimuladas e como os compartimentos individuais das células funcionam.
Atualmente, estou me esforçando para miniaturizar dispositivos de separação para análises químicas, usando um formato capilar ou sistemas