Estudante
NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS CRISES EPILÉPTICAS FEBRIS
Artigo de Revisão
ATUALIZAÇÃO NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS CRISES EPILÉPTICAS
FEBRIS
LUIS FELIPE MENDONÇA DE SIQUEIRA
Trabalho realizado no Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Serviço de Neuropediatria do Hospital das Clínicas, Belo Horizonte, MG
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RESUMO
As crises epilépticas febris são uma entidade benigna da infância e a maioria das crianças que a apresenta terá apenas um episódio na vida. Apesar disso, as crises geram grande apreensão nos familiares e há grande discussão na literatura sobre quando estes pacientes devem ser tratados e qual a melhor opção terapêutica. Esta revisão traz uma síntese dos dados e recomendações atuais para diagnóstico e tratamento dos pacientes que apresentem crises febris.
UNITERMOS: Convulsões febris. Terapêutica. Febre.
INTRODUÇÃO
A febre é uma elevação da temperatura corporal que ocorre como resposta do centro regulador de temperatura hipotalâmico a determinadas situações. Especula-se que este sintoma seja um mecanismo adaptativo do organismo, para estimular o sistema imune e preservar a integridade da membrana celular frente a ameaças1.
Embora haja grande discordância na literatura quanto aos valores normais de temperatura na criança, considera-se que a temperatura axilar normal pode variar de 36,0°C pela manhã a 37,7º.C à tarde, e que qualquer valor acima deste deve ser considerado anormal2.
Febre e crises epilépticas têm uma relação forte, conhecida há muitos anos. Diante de uma criança com febre que apresente crise epiléptica, o médico pode estar diante de pelo menos quatro subgrupos de pacientes: o primeiro, de crianças que apresentam uma crise epiléptica febril; segundo, o de pacientes epilépticos sob controle cujo quadro febril tenha desencadeado novas crises; terceiro,