Estuda de caso: dialogo em atenas
Estamos na Grécia do século V a C. Você é discípulo do grande filósofo Sócrates. Acompanhando o mestre numa de suas andanças por Atenas, que hoje está elegendo seus dirigentes, você e seus colegas tiveram mais uma valiosa oportunidade de vê-lo utilizar seu famoso método de fazer perguntas. Vocês cruzaram com Nicomáquides, candidato a estratego (comandante ou general do exército ateniense) a quem Sócrates perguntou:
- Então Nicomáquides, quais são os estretegos eleitos?
- Ah, Sócrates, você não acha que os atenienses foram injustos? Em lugar de elegerem a mim, que tenho tanta experiência militar e fui tantas vezes ferido (e mostrava suas cicatrizes), escolheram um tal de Antístines que nunca foi soldado e até hoje só se dedicou a acumular dinheiro.
- Mas você não acha que essa é uma boa qualidade?
- Ora Sócrates, saber juntar dinheiro não significa saber comandar exércitos.
- Antístenes – continuou Sócrates – já demonstrou que é o nosso melhor mestre de coro.
-Santo Júpiter, Sócrates! Uma coisa é estar a frente de um coro e outra, muito diferente é estar à frente de um exército!
-Veja, Nicomáquides, que Antístenes não sabe cantar nem treinar cantores, mas teve habilidade de escolher os melhores artistas.
-Sim, Sócrates, mas será que ele encontrará no exército quem organize as tropas e faça a guerra em seu lugar?
-Se ele conseguir encontrar os melhores em questões militares, assim como soube fazer no caso dos cantores, bem que poderá vencer batalhas.
-Ah, é, Sócrates? Então você acha que alguém pode ter, ao mesmo tempo competência como diretor de coros e estratego?
- O que penso é o seguinte: o bom administrador terá bom desempenho à frente de um coro, uma casa, cidade ou exército.
- Santo Júpiter, Sócrates! Nunca pensei ouvir você dizer que um bom administrador de bens pode ser um bom general!
-Pois bem, Nicomáquides. Vamos ver se as responsabilidades de um e de outro são iguais ou diferentes?
- Cercar-se de