Estruturas tróficas
As relações de alimentação entre produtores, consumidores e decompositores determinam uma estrutura chamada trófica, através da qual a energia flui e os nutrientes são reciclados: cadeia alimentar ou trófica.
A estrutura trófica pode ser medida e descrita em termos de: * Biomassa existente por unidade de área; * Energia fixada por unidades de área e tempo; * Níveis tróficos sucessivos.
1. Produção primária
As plantas, algas e algumas bactérias captam energia luminosa e a transformam em energia de ligações químicas nos carboidratos. Este processo é chamado de produção primária e sua taxa é quantificada como produtividade primária. A fotossíntese une quimicamente dois compostos inorgânicos comuns, o dióxido de carbono (CO2) e a água (H2O) para formar o açúcar glicose (C6H12O6), com a liberação de oxigênio (O2).
A fotossíntese supre os carboidratos e a energia de que uma planta precisa para construir tecidos e crescer. Reorganizadas e reunidas, as moléculas de glicose se transformam em gordura, amidos, óleos e celulose. Combinados com o nitrogênio, o fósforo, o enxofre e o magnésio, os carboidratos simples derivados da glicose produzem um conjunto de proteínas, ácidos nucléicos e pigmentos.
As plantas e outros autótrofos fotossintetizadores formam a base de todas as cadeias alimentares, sendo então chamados de produtores primários do ecossistema. Sem organismos autótrofos não haveria energia disponível para aqueles que não possuem a capacidade de fixá-la. Os ecólogos estão interessados na taxa de produção primária porque ela determina a energia total disponível para o ecossistema. A energia total assimilada pela fotossíntese é chamada de produção primária bruta. As plantas usam parte desta energia para sustentar a síntese de compostos biológicos e para se manterem, logo sua biomassa contém substancialmente menos energia do que a total assimilada. A energia acumulada nas plantas, e que, portanto está disponível para os