Estruturas organizacionais celulares: uma prática inovadora na gestão empresarial
O modelo-foco deste trabalho, aqui chamado de Células de Gestão, recebe um interesse maior e tem as suas bases, aqui apresentadas, originárias de diversos trabalhos de pesquisa de novos modelos organizacionais destinados a resolver novas demandas e desafios em organizações, especialmente as mais complexas. Os conceitos aqui apresentados já foram discutidos e implantados, ainda que parcialmente, em diversas organizações brasileiras de grande porte, de variados setores e ramos de atividades.
Ampliando a malha de interações
Um dos objetivos mais importantes da uma nova arquitetura organizacional é estender a abrangência da integração, tanto internamente quanto para além das fronteiras da organização. Os modelos empresariais tradicionais não conseguem responder adequadamente a esta demanda. Já a orientação proposta pelo modelo de Células de Gestão viabiliza a ampliação da malha de interações.
O modelo de Células de Gestão representa uma nova forma de compreensão das demandas operacionais de uma empresa de qualquer natureza e se baseia nos mesmos princípios do “lego”, isto é, o de se trabalhar com componentes elementares com os quais os sistemas mais complexos são construídos.
Coerente e orientado para os novos paradigmas corporativos trazidos com os avanços da tecnologia de informação e comunicação (TICs), o modelo está orientado para a atual realidade com a qual as organizações têm de conviver: a necessidade de estruturas orgânicas, adaptativas a processos (também orgânicos) que se alteram continuamente.
Um modelo em função dos objetos de negócios
A busca de uma abordagem flexível para a estrutura organizacional se prende ao fato de que tudo o que uma organização faz pode ser caracterizado como um conjunto de processos altamente repetitivos, ao lado de processos menos ou nada repetitivos (projetos, tarefas isoladas, etc.)
Quanto aos processos menos repetitivos, não há