Estruturas economicas da idade media
A primeira transformação ocorrida na estrutura econômica da Idade Média foi a passagem da agricultura dominial para a senhorial, diante do crescimento demográfico. Na Idade Media os mansos eram áreas de terras que variava de tamanho, dependendo da região ou da condição daquele que a recebia, já os mansos da época carolíngia foram divididos em lotes bem menores, com cerca de três ou quatro hectares, diferente de um manso que media cerca de quinze hectares, alem de serem divididas em dois tipos de tenências, a censive e a champart.
A tenência censive era feita para o camponês usufruir da terra, devendo ao proprietário uma pequena renda fixa que eram paga em espécie ou em dinheiro, mas essa taxa não representava uma importância econômica para o senhor, era apenas uma forma dele mostrar quem realmente era o dono da terra. Com o passar do tempo o camponês passou a dispor de seu lote como se fosse o próprio dono e o senhor poderia cobrar apenas pela transferência hereditária, a mão-morta, que era paga geralmente com o melhor animal que o camponês falecido possuía. A tenência champart, que significa parte da colheita, como o nome já diz, a renda era paga proporcionalmente ao resultado da colheita.
Alem de terem diminuído os mansos em tenências, as reservas senhoriais também tiveram que ser reduzidas, pois era necessário criar novas tenências. Graças ao progresso das técnicas agrícolas, o senhor pode obter maior produção com um espaço menor de terra. Os rendimentos senhoriais vinham agora do direito das banalidades, diferente dos que vinham da exploração direta do solo. Já na nova ordem social que se implantava desde o inicio do século X, o feudalismo, o senhor para estabelecer relações de vassalagem cedendo terras sob a forma de feudo. No entanto, não se deve confundir senhorio e feudo. O primeiro era a base econômica do segundo. O senhorio era um território, que dava ao seu detentor poderes econômicos ou jurídico-fiscais. O